domingo, 8 de novembro de 2009
CÂMARA DOS EUA APROVA REFORMA DA SAÚDE
sábado, 7 de novembro de 2009
Ministério Edita a Super Portaria
Num só lugar, o gestor poderá saber tudo o que quiser sobre, Gestão, Planejamento, Politica Nacional de Atenção a Saúde, Regulação, Educação em Saúde, Regulação e Auditoria, entre outras. É só consultar!
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
CAMPINA GRANDE DO SUL REALIZA SUA CONFERENCIA MUNICIPAL DE SAÚDE
No último dia 29 de Outubro, o Município de Campina Grande do Sul - PR, realizou a sua Conferência Municipal de Saúde. Na abertura o Consultor da Gestão Saúde Norival R da Silva, falou sobre a GESTÃO DA SUS como sendo o maior desafio à inteligência política dos Gestores Públicos, especialmente para o Prefeito e para o Secretário Municipal de Saúde.
Na abertura do evento o Prefeito Luis Assunção, chamou atenção, pedindo a todos os presentes que ajudem implantar no município um modelo de atenção a saúde "onde tudo comece e termine no Pôsto de Saúde". O discurso do Prefeito, na verdade, traduziu na essencia a Política Nacional de Atenção Básica, que se fundamenta nas Unidades Básicas de Saúde e na Estratégia Saúde da Família.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A secretaria municipal de saúde de Luís Eduardo Magalhães realizou no sábado, 19, a III Conferência Municipal de Saúde sob o tema “Humaniza LEM: Uma cidade melhor depende de todos nós”. Presidida pela Secretária de saúde Maira de Andrada Santa Cruz, a conferência contou com a presença do prefeito Humberto Santa Cruz, dos vereadores Valmor Mariussi e Janete Alves, de representantes dos prestadores e usuários de saúde do município e de populares em geral.
A III Conferência de Saúde de Luís Eduardo Magalhães teve como sub-temas a humanização e promoção à saúde no âmbito da Atenção Básica, Vigilância à saúde, Saúde Bucal e Controle Social e foi realizada nos termos do Decreto nº 1517 do executivo municipal e da portaria nº 017/2009 da Secretaria de Saúde.
Segundo Fernanda Fischer coordenadora geral do evento, a realização da conferência serve como parâmetro para a aprovação das políticas de saúde que serão adotadas pela gestão nos próximos quatro anos. “O objetivo é discutir ações que possam aprimorar o modelo de atenção à saúde atualmente em vigor no município”, ressaltou.
Participação popular – Em sua fala de abertura a secretária de saúde, Maira de Andrada observou que a realização da conferência se fortalece pelo exercício da cidadania e pela elaboração conjunta de ações em saúde. “A gestão do prefeito Humberto Santa Cruz tem como característica a democracia participativa”, apontou.
Para ela a humanização e promoção à saúde só vai se consolidar através da participação popular na construção de políticas e ações que sejam de interesse da comunidade. “Uma de nossas prioridades é promover a saúde para o cidadão sadio” explicou. A secretária lembrou ainda que a escolha do tema da conferência “Humaniza LEM: Uma cidade melhor depende de todos nós”, reflete justamente o desejo desta gestão em promover a participação da população na construção destas políticas.
Controle social – Para uma real compreensão do tema que norteou os trabalhos da III Conferência de Saúde de Luís Eduardo Magalhães, é preciso entender também o significado do que vem a ser “controle social”. “É uma maneira de estimular e fortalecer a mobilização social e a participação cidadã”, pontuou Emanuelle Mariussi, secretária executiva da conferência e Gerente de Projetos de Promoção à Saúde.
Para Mariussi quando a sociedade demonstra interesse e disposição em participar da construção de políticas públicas em saúde, fato que aconteceu durante a conferência, quem mais se beneficia é o município de Luís Eduardo Magalhães. “É a população que no seu dia a dia procura e necessita do serviço de saúde quem deve participar e ajudar ativamente a secretaria de saúde e o prefeito na busca por soluções”, concluiu.
Atenção básica - O prefeito Humberto Santa Cruz acrescentou que ao longo dos primeiros meses de sua gestão, a prioridade foi trabalhar para o fortalecimento da atenção básica no município. “Quando assumimos o governo tinhamos três unidades de saúde em funcionamento. Atualmente estamos com cinco unidades de saúde da família prestando atendimento a população” explicou.
Humberto acredita que a construção “de uma cidade melhor” passa justamente pelo diálogo e participação da população. “Em breve vamos inaugurar o novo centro cirurgico do Gileno de Sá, que com certeza vai melhorar o atendimento à população, principalmente aqueles que precisam realizar pequenas cirurgias. Este trabalho só foi possivel porque contamos com a ajuda da Gestão Saúde, da equipe da Secretaria de saúde e com a participação da sociedade representada pelos seus mais diversos segmentos..
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Gestores Municipais de Santa Catarina participam de Seminário em Joinville
- São José - SC (2)
- Cafeilandia - PR (1)
- Imbituba - SC (4)
- Balneario Camboriú - SC (1)
- Campina Grande do Sul - PR (5)
- Indaial - SC (4)
Veja o que disseram alguns dos participantes:
“O seminário superou minhas expectativas, saio daqui muito feliz e com conhecimento sobre o SUS mais fortalecido para aplicar no município que trabalho. Parabéns pelo trabalho realizado.”
Nome: Gilson José dos Santos
Cargo: Diretor Geral da Secretária Municipal de Saúde – São José/SC
“Proporcionou aquisição de novos conhecimentos e estratégias para inovação da gestão em nosso município”
Nome: Lilian Andressa Zanchettin
Cargo: Coordenadora Enfermagem – Campinha Grande do Sul/PR
“O evento possibilita a aquisição de conhecimentos essenciais para os profissionais atuantes no contexto do sistema único de saúde.”
Nome: Fernando Inácio Bleichvel Costa
Cargo: Auditor – Imbituba/SC
“Já observei a necessidade desse evento para membros da equipe de saúde do município, devido à importância do SUS. Muitos não têm claro o seu sistema. E o evento também serve de estímulo para o serviço que prestamos no dia-a-dia.”
“Já citei anteriormente. Saio com uma bagagem rica e sentindo que sei um pouco mais do SUS (complexo). Saio motivada. Superou minhas expectativas.”
Nome: Vanessa Cristina Prochnow Di Bernardi
Cargo: Enfermeira ESF – Indaial/SC
Mais informações, poderão ser obtidas com Larisa, no email: gestao@gestaosaude.com ou pelo telefone (47)3422-5305.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
LAVAR AS MÃOS - UMA ATITUDE QUE PROMOVE SAÚDE!
A "gripe suína" assim como qualquer uma das outras gripes ou doencas infectocontagiosa, tem uma intima relaçao com nossos hábitos de higiene. Tudo o que fazemos tem relação com nossas mãos. O cumprimento, uma carícia, um ato de protecão, nossas tarefas diárias, portas que se abrem ou fecham, enfim, não há o que se imaginar fazer sem que nossas mãos tenham alguma relação. Nossas mãos, sempre terminam por se transformar em portadores de inimigos invisiveis que as utilizam para nos atingir. Por isso é que a pergunta se põe: o que cada um de nós tem feito para manter suas mãos limpas, saudáveis e em condições de uso?
Não dá para atribuir ao Prefeito, o Governador, Vereador ou ao Secretário de Saúde do seu municipio a tarefa cuidar do seu corpo, escovar seus dentes, limpar sua casa, cuidar do seu quintal ou LAVAR SUAS MÃOS! Só voce pode fazer estas tarefas. Pare de apontar o dedo? comece agora a tomar uma atitude de Promoção da Saúde - A sua! - LAVE SUAS MÃOS e se proteja contra a Gripe Suína e qualquer outra que possa aparecer...
Norival Silva - Consultor
MEIO AMBIENTE - PENSAR GLOBALMENTE E AGIR LOCALMENTE
Discutir em tese sobre o efeito estufa, a camada de ozônio, a matança das baleias, a destruição da Amazônia, vira uma discussão estéril se a realidade ambiental local não for incluída no processo de educação ética do cidadão.É no “espaço ambiental” local (no Município) que as pessoas fazem valer os seus direitos de cidadania e reivindicam melhorias na qualidade de vida. É no Município, no Bairro e na Rua em que moram que os indivíduos ou grupos comunitários podem efetivamente avaliar a competência dos gestores responsáveis pela qualidade de vida das futuras gerações.
É no espaço ambiental local que mais facilmente se percebe se as decisões políticas estão ou não corretas, quem se omitiu e de que forma as coisas poderiam ou deveriam ser feitas para assegurar um ambiente saudável para as gerações futuras.Em Joinville, as diretrizes estabelecidas no Planejamento Estratégico da Cidade, construído com a participação da sociedade e adotado pelo então Prefeito Marco Tebaldi, segue a linha pedagógica do “Pensar Globalmente e agir Localmente”: Primeiro é preciso trabalhar o nosso “meio ambiente” interior, os nossos comportamentos e decisões individuais, depois os nossos entornos pessoais, nosso ambiente familiar, nosso ambiente escolar, nosso ambiente de trabalho, o ambiente da “rua”, do nosso “bairro” e o ambiente da “nossa” cidade.
Foi seguindo esta diretriz que a Fundema iniciou em 2005 o processo de reconhecimento da realidade ambiental de Joinville a partir da qual foi desenvolvida o SIGA-J – Sistema Integrado de Gestão Ambiental de Joinvile, adotando as Bacias Hidrográficas como unidade básica para diagnóstico, planejamento, gestão e educação ambiental.
A escolha de Joinville como a cidade sede do Congresso Ibero Americano de Educação Ambiental foi um reconhecimento ás ações e programas de gestão ambiental desenvolvido no âmbito do município em parcerias com o conselho municipal de meio ambiente e outras entidades não governamentais e certamente irá representar um marco referencial no processo de sensibilização da comunidade para a importância da ética individual e participação do cidadão na responsabilidade para com o nosso meio ambiente local.
O caminho tem sido longo e árduo, mas tenho a certeza que a obstinação do Prefeito Marco Tebaldi em transformar Joinville, foi fundamental para que Joinville ocupasse lugar de destaque na lista de cidades sustentávieis. A consulta tão necessária á comunidade através do Conselho Municipal do Meio Ambiente e a participação do cidadão através dos Conselhos Locais de Meio Ambiente, será o caminho para salvaguardarmos o futuro das futuras gerações, como manda a Constituição Federal.
Norival Silva
Consultor
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
SAÚDE - É POSSIVEL BAIXAR OS CUSTOS?
As "corporações" que se relacionam no "mercado" de saúde, cada uma do seu jeito e com seus interesses - mesmo que legítimos, desafiam o governo a incrementar cada vez mais recursos para remuneração dos serviços de assistência a saúde do cidadão.
Sem entrar no mérito dos interesses, lembro que o tema "hierarquização" do sistema (que é constitucional), fica quase sempre (ou sempre) fora do debate. As pessoas (leigas) esquecem que o custo de qualquer sistema de saúde, seja ele privado ou público depende fundamentalmente do processo utilizado para organizá-lo e das regras que são estabelecidas para que o Sistema, seja usado pelos usuários!
Não é possivel imaginar que as pessoas, a partir de um sintoma primário (não agudo), possam decidir acessar uma consulta especializada em neurologia, só porque seu "sintoma" seja uma dor de cabeça.
Esse é apenas um exemplo. Muito mais lamentável ainda é a falta de acompanhamento do Ministério da Saúde - através do seu sistema de auditoria, que permite a continuídade de tal fato.
Tenho as minhas dúvidas se de fato investimos pouco no financiamento do Sistema Único de Saúde. Se nos voltássemos para entender melhor qual é a "logica" de organização de um Sistema de Atenção a Saúde, especialmente o nivel primário e a compreender qual o papel que o processo de hierarquização e regionalização dos serviços tem no contexto de resolutividade e custos, o SUS poderia estar fazendo muito mais do que já faz!
Norival Silva
Consultor
domingo, 30 de agosto de 2009
A GRIPE SUÍNA - A PANDEMIA DO LUCRO
No mundo, a cada ano morrem milhões de pessoas vitimas da Malária que se podia prevenir com um simples mosquiteiro.Os noticiários, disto nada falam!No mundo, por ano morrem 2 milhões de crianças com diarréia que se poderia evitar com um simples soro que custa 25 centavos.Os noticiários disto nada falam!
Sarampo, pneumonia e enfermidades evitáveis com vacinas baratas, provocam a morte de 10 milhões de pessoas a cada ano.
Os noticiários disto nada falam!Mas há cerca de 10 anos, quando apareceu a famosa gripe das aves……os noticiários mundiais inundaram-se de noticias… Uma epidemia, a mais perigosa de todas… Uma Pandemia!
Só se falava da terrífica enfermidade das aves. Não obstante, a gripe das aves apenas causou a morte de 250 pessoas, em 10 anos… 25 mortos por ano. A gripe comum, mata por ano meio milhão de pessoas no mundo. Meio milhão contra 25.Um momento, um momento. Então, porque se armou tanto escândalo com a gripe das aves?
Porque atrás desses frangos havia um “galo”, um galo de crista grande. A farmacêutica transnacional Roche com o seu famoso Tamiflú vendeu milhões de doses aos países asiáticos. Ainda que o Tamiflú seja de duvidosa eficácia, o governo britânico comprou 14 milhões de doses para prevenir a sua população. Com a gripe das aves, a Roche e a Relenza, as duas maiores empresas farmacêuticas que vendem os antivirais, obtiveram milhões de dólares de lucro.- Antes com os frangos e agora com os porcos.- Sim, agora começou a psicose da gripe porcina. E todos os noticiários do mundo só falam disso…- Já não se fala da crise econômica nem dos torturados em Guantánamo…Só a gripe porcina, a gripe dos porcos…- E eu me pergunto: se atrás dos frangos havia um “galo”, atrás dos porcos… não haverá um “grande porco”?A empresa norte-americana Gilead Sciences tem a patente do Tamiflú.
O principal acionista desta empresa é nada menos que um personagem sinistro, Donald Rumsfeld, secretario da defesa de George Bush, artífice da guerra contra Iraque…Os acionista das farmacêuticas Roche e Relenza estão esfregando as mãos, estão felizes pelas suas vendas novamente milionárias com o duvidoso Tamiflú.A verdadeira pandemia é de lucro, os enormes lucros destes mercenários da saúde.
Não nego as necessárias medidas de precaução que estão sendo tomadas pelos países. Mas, se a gripe porcina é uma pandemia tão terrível como anunciam os meios de comunicação;
Se a Organização Mundial de Saúde se preocupa tanto com esta enfermidade, porque não a declara como um problema de saúde pública mundial e autoriza o fabrico de medicamentos genéricos para combatê-la?
Prescindir das patentes da Roche e Relenza e distribuir medicamentos genéricos a todos os países, especialmente aos pobres, essa seria a melhor solução.
Anônimo - retirado na Internet
A FUNÇÃO DA "REGULAÇÃO NOS SISTEMA DE SAÚDE
Para falar por primeiro do Sistema Público denominado SUS - Sistema Único de Saúde que já completou 20 anos de organização, tem se apresentado como um modelo que tem tudo para dar certo. Faltam ainda o aperfeicoamento de algumas variáveis de gestão, as quais não tem recebido dos Gestores (particulamente) no âmbito dos Municípios, como por exemplo o principio da REGULAÇÃO.
Mas afinal, o que significa "REGULAR" um Sistema de Assistência à Saúde de uma determinanda população?
Em primeiro lugar é importante esclarecer a confusão conceitual que normalmente se faz: REGULAR NAO É SINOMIMO DE AGENDAR!
Para melhor entender o significado do conceito, vamos a alguns exemplos:O "regulador" de um Sistema de Saúde é como se fosse um CONTROLADOR DE VÔO em um aeroporto. Seu papel nao é o de controlar "horários" de decolagens ou de aterissagens. O controlador de voo "cuida" de cada uma das aeronaves, desde o momento da partida até o momento da chegada no seu destino.
Tanto na decolagen quanto na aterrissagem é ele que organiza as "altitudes" de todos os AVIÕES que estao chegando no seu destino, é ele (o controlador) que autoriza ou nao a aterrissagen, é éle que "monitora" o aviao durante todo o seu trajeto, dá informações de tempo, faz conexão com outros aeroportos, etc...Assim tambem deveria atuar os "reguladores" de um Sistema de Assistencia a Saúde. Sua função básica é "cuidar" dos usuários do SUS, desde sua chegada na Porta de Entrada, seu encaminhamento para outros níveis de atendimento (média e alta complexidade) até seu retorno a sua origem.
Quando um Sistema de Assistência a Saúde se utiliza dos mecanismos REGULAÇÃO, o que "anda" é a INFORMAÇÃO, NÃO O PACIENTE. Este é o "processo" que faz com que os USUÁRIOS sejam atendidos no LUGAR CERTO, NO TEMPO CERTO, COM A QUALIDADE CERTA, COM OS CUSTOS CERTOS, MONITORADOS DURANTE TODO O TEMPO!
Esta definição dá bem uma idéia do grau de complexidade inserido numa atividade de REGULAÇÃO.
REGULAR não é sinonimo de AGENDAR. Esta é normalmente a confusão conceitual que os Gestores (especialmente no âmbito dos Municipios) fazem quando desenvolvem e organizam no seu Sistema de Saúde.
A FUNÇÃO DA "REGULAÇÃO" - IDENTIFICANDO AS MECESSIDADES DE SERVIÇOS PARA ATENDER A POPULÇÃO
A tarefa inicial do Gestor Municipal consite em analisar e identificar quais são as necessidades (quantitativas) de serviços de Diagnose, Terapias e Internações e outros serviços nos treis niveis de complexidade do Sistema. Em outras palavras, precisamos identificar:
-Qual é o perfil da Tipologia Humana, adistrita no âmbito do município?
-Como ele se distribue por sexo e faixa etária?
-Quantas consultas médicas serão necessárias para atender as necessidades locais?
-Quantos exames de Patologia Clínica, serão necessários para atender as necessidades locais?
-Quais consultas de media complexidade serão necessárias?
-Quais e quantos exames de média complexidade serão necessários?
-Quantos leitos, e onde teremos disponiveis para atender as necessidades da população?
-ETC.
Não é uma operação complexa responder as perguntas mencionadas. Primeiro, precisamos identificar alguns parametros, todos definidos na Portaria MS 1101/2002. Segundo, é só considerar a população adscrita e fazer as primeiras "contas".
Claro, que a tarefa mais dificil provavelmente será identificar e programar a "disponibilidade" dos serviços, especialmente os de média complexidade.
De qualquer modo, elaborado o cálculo das "necessidades" e identificada a capacidade de ofertar os serviços, vamos a etapa seguinte que consiste em "organizar o fluxo de acesso" dos usuários aos serviços locais e/ou regionais de saúde.
(continua na proxima postagem)
Norival R Silva - Consultor
LIDER DE UM POVO VACINADO
Ele enfrentou quebra-cabeças e ameaças de golpe por defender um conceito diferente de saúde.
Foi vilão da e uma das mais marcantes revoltas populares do Brasil. Patrono do nosso templo da ciência, descartou técnicas ultrapassadas para combater doenças. Foi pioneiro ao observar a saúde alem dos pequenos limites da capital federal. Perdeu batalhas mas ganhou a guerra.
Estamos falando de Osvaldo Cruz!
No começo do século 20, acreditava-se que o ar proveniente de lugares sujos ou com água parada era causa de epidemias. Por isso, destruir cortiços e moradias populares parecia a solução ideal para o Rio de Janeiro – “túmulos de estrangeiros”, uma cidade doente, com alta mortalidade por febre amarela.
Assim que assumiu a Diretoria Geral da Saúde Pública, Oswaldo Cruz rejeitou as praticas vigentes e apostou na teoria de um especialista cubano: os mosquitos são os verdadeiros transmissores e deve ser exterminados. Alem disso, passou a escrever a coluna Conselhos ao Povo, nos jornais e a distribuir folhetos educativos sobre a doença. Depois foi a caça de ratos para combater a peste bubônica. Chegou a instituir os funcionários públicos para comprar os pequenos roedores capturados na cidade – e é claro que alguns espertinhos logo trataram de criar seus próprios ratos para vender ao governo. Era chamado de “czar dos mosquitos”, entre outras ironias, e contava com poucos recursos. Tornar obrigatória a vacina contra a varíola foi a gota d´agua. Ninguém queria “perder o direito a liberdade”, “ser espetado a força”, receber um liquido desconhecido nas veias.
Insuflada, a população saiu às ruas, virou bondes, quebrou lampiões. Era a revolta da vacina, uma das mais marcantes revoltas populares do Brasil, ocorrida em 1904.O médico sanitarista certamente se sentiu injustiçado. Ele que, apesar das terríveis náuseas , tinha ido de navio a 30 portos do Pais estudar as doenças que chegavam pelo mar ou pelos rios. Mas as insatisfações refletiam a situação geral da cidade. O presidente Rodrigues Alves promovia uma reforma apelidada de “bota a baixo”. Para fazer da capital uma cidade moderna, brigadas do governo destruíam cortiços e bairros pobres sem preocupação alguma com o futuro dos despejados, que iam ajeitando-se pelos morros.A oposição política e a escola militar, interessadas num golpe, engrossaram a massa desconexa de revoltosos. O governo controlou a rebelião, mas teve que revogar a lei da imunização. Apesar disso, o Diretor Geral da Saúde foi mantido no cargo. Chegaria o dia em que receberia os devidos créditos pelo seu trabalho.
INICIO DE CARREIRA
Oswaldo Cruz sempre foi interessado e entusiasta de novas técnicas. Quando nasceu , em 5 de agosto de 1872, o pai Bento era um jovem médico em começo de carreira. Aos 14 anos, o filho ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Tornou-se doutor aos 20 anos de idade, no mesmo dia em que Bento morreu. Dedicou a ele a tese sobre microorganismos aquáticos. Depois pôde conhecer mais sobre microbiologia com incentivo do sogro que financiou uma estada em Paris. Encantou-se com os laboratórios Pasteur e estagiou numa fábrica de ampolas, provetas e pepetas para produzi-las no Brasil.Entretanto, outra técnica de Pasteur foi essencial para a sua volta em 1899. A peste bubônica havia chegado ao porto de Santos com as pulgas dos ratos de um navio cargueiro estrangeiro. O governo federal criou o Instituto Soroterápico e, com Oswaldo Cruz na direção técnica, o País passou a produzir um soro que até entao era exclusividade da Franca.
TEMPLO DEA CIÊNCIA
Em 1903 foi nomeado para a cadeira correspondente ao atual Ministério da Saúde, mas não deixou a direção do Instituto. Lá formou uma bela equipe, trabalhou com outras sanitaristas à frente do seu tempo, como Carlos Chagas, Adolfo Lutz, Vital Brasil. Uns haviam diagnosticado a peste em Santos; outros, se submetido ao Aedis Aegypti para provar que era ela que transmitia a febre amarela. Ainda hoje, com nome de Fundação Oswaldo Cruz, ou Fiocruz, a instituição é um templo da ciência e tecnologia da saúde. O primeiro diretor fez das precárias instalações de Manguinhos um Castelo. Ele mesmo desenhou o esboço do prédio mourisco, que podia ser visto pelos navios que passavam pela cidade.Em 1908, enquanto uma marchinha de Carnaval declarava o Rio “cidade maravilhosa”, o Instituto Soroterápico virava Instituto Oswaldo Cruz. Sinal dos novos tempos. A febre amarela e a peste bubônica estavam praticamente erradicadas. Uma ano antes o Brasil fora o único participante sul-americano do Congresso de Higiene e Demografia de Berlim. A delegação apresentou estudos da equipe de Oswaldo Cruz e voltou aplaudida no proto, com medalha de ouro.Nesta época, Oswaldo Cruz já era visto como herói, mas tinha dificuldades em aprovar seus projetos na Diretoria da Saúde. Como o combate a tuberculose, doença que matava apenas os pobres. Optou por dirigir sõ o instituto que leva seu nome.
Foi à “ferrovia do diabo”, a madeira-marmoré, na qual os trabalhadores morreram infectados por malária. Supervisionou inúmeras expedições para lugares afastados dos centros: Tocantins, Ceará, bacia do Amazonas, do São Francisco. Nascia o Movimento Sanitarista, defendendo o saneamento nos grotões do País. Um dos líderes, Monteiro Lobato, até refez a imagem de Jeca Tatu. Ele não era preguiçoso. Estava doente.
Oswaldo Cruz também na andava bem de saúde. Sofria de nefrite, a mesma doença que matou o pai. Já tinha até escolhido o local de seu jazigo. Teve tempo ainda de ser prefeito de Petrópolis e traçar uma plano de erradicação da saúva antes de morrer em 1917, aos 44 anos. Se quase um século depois é comum que o brasileiro previna-se de doenças com uma injeção, um dia essa idéia pareceu absurda. Oswaldo Cruz perdeu batalhas, mas ganhou a guerra.(Fonte: Almanaque Brasil - numero 124 – Maio 2009)