domingo, 30 de agosto de 2009

A GRIPE SUÍNA - A PANDEMIA DO LUCRO

Que interesses econômicos se movem por detrás da gripe porcina???

No mundo, a cada ano morrem milhões de pessoas vitimas da Malária que se podia prevenir com um simples mosquiteiro.Os noticiários, disto nada falam!No mundo, por ano morrem 2 milhões de crianças com diarréia que se poderia evitar com um simples soro que custa 25 centavos.Os noticiários disto nada falam!
Sarampo, pneumonia e enfermidades evitáveis com vacinas baratas, provocam a morte de 10 milhões de pessoas a cada ano.
Os noticiários disto nada falam!Mas há cerca de 10 anos, quando apareceu a famosa gripe das aves……os noticiários mundiais inundaram-se de noticias… Uma epidemia, a mais perigosa de todas… Uma Pandemia!
Só se falava da terrífica enfermidade das aves. Não obstante, a gripe das aves apenas causou a morte de 250 pessoas, em 10 anos… 25 mortos por ano. A gripe comum, mata por ano meio milhão de pessoas no mundo. Meio milhão contra 25.Um momento, um momento. Então, porque se armou tanto escândalo com a gripe das aves?
Porque atrás desses frangos havia um “galo”, um galo de crista grande. A farmacêutica transnacional Roche com o seu famoso Tamiflú vendeu milhões de doses aos países asiáticos. Ainda que o Tamiflú seja de duvidosa eficácia, o governo britânico comprou 14 milhões de doses para prevenir a sua população. Com a gripe das aves, a Roche e a Relenza, as duas maiores empresas farmacêuticas que vendem os antivirais, obtiveram milhões de dólares de lucro.- Antes com os frangos e agora com os porcos.- Sim, agora começou a psicose da gripe porcina. E todos os noticiários do mundo só falam disso…- Já não se fala da crise econômica nem dos torturados em Guantánamo…Só a gripe porcina, a gripe dos porcos…- E eu me pergunto: se atrás dos frangos havia um “galo”, atrás dos porcos… não haverá um “grande porco”?A empresa norte-americana Gilead Sciences tem a patente do Tamiflú.
O principal acionista desta empresa é nada menos que um personagem sinistro, Donald Rumsfeld, secretario da defesa de George Bush, artífice da guerra contra Iraque…Os acionista das farmacêuticas Roche e Relenza estão esfregando as mãos, estão felizes pelas suas vendas novamente milionárias com o duvidoso Tamiflú.A verdadeira pandemia é de lucro, os enormes lucros destes mercenários da saúde.
Não nego as necessárias medidas de precaução que estão sendo tomadas pelos países. Mas, se a gripe porcina é uma pandemia tão terrível como anunciam os meios de comunicação;
Se a Organização Mundial de Saúde se preocupa tanto com esta enfermidade, porque não a declara como um problema de saúde pública mundial e autoriza o fabrico de medicamentos genéricos para combatê-la?
Prescindir das patentes da Roche e Relenza e distribuir medicamentos genéricos a todos os países, especialmente aos pobres, essa seria a melhor solução.
Anônimo - retirado na Internet

A FUNÇÃO DA "REGULAÇÃO NOS SISTEMA DE SAÚDE

Gerenciar Sistemas de Saúde é um desafio para Gestores Corporativos (especialmente os Gerentes e Diretores de Recursos Humanos) e ainda mais para os formuladores de Políticas Públicas.

Para falar por primeiro do Sistema Público denominado SUS - Sistema Único de Saúde que já completou 20 anos de organização, tem se apresentado como um modelo que tem tudo para dar certo. Faltam ainda o aperfeicoamento de algumas variáveis de gestão, as quais não tem recebido dos Gestores (particulamente) no âmbito dos Municípios, como por exemplo o principio da REGULAÇÃO.

Mas afinal, o que significa "REGULAR" um Sistema de Assistência à Saúde de uma determinanda população?

Em primeiro lugar é importante esclarecer a confusão conceitual que normalmente se faz: REGULAR NAO É SINOMIMO DE AGENDAR!

Para melhor entender o significado do conceito, vamos a alguns exemplos:O "regulador" de um Sistema de Saúde é como se fosse um CONTROLADOR DE VÔO em um aeroporto. Seu papel nao é o de controlar "horários" de decolagens ou de aterissagens. O controlador de voo "cuida" de cada uma das aeronaves, desde o momento da partida até o momento da chegada no seu destino.

Tanto na decolagen quanto na aterrissagem é ele que organiza as "altitudes" de todos os AVIÕES que estao chegando no seu destino, é ele (o controlador) que autoriza ou nao a aterrissagen, é éle que "monitora" o aviao durante todo o seu trajeto, dá informações de tempo, faz conexão com outros aeroportos, etc...Assim tambem deveria atuar os "reguladores" de um Sistema de Assistencia a Saúde. Sua função básica é "cuidar" dos usuários do SUS, desde sua chegada na Porta de Entrada, seu encaminhamento para outros níveis de atendimento (média e alta complexidade) até seu retorno a sua origem.

Quando um Sistema de Assistência a Saúde se utiliza dos mecanismos REGULAÇÃO, o que "anda" é a INFORMAÇÃO, NÃO O PACIENTE. Este é o "processo" que faz com que os USUÁRIOS sejam atendidos no LUGAR CERTO, NO TEMPO CERTO, COM A QUALIDADE CERTA, COM OS CUSTOS CERTOS, MONITORADOS DURANTE TODO O TEMPO!

Esta definição dá bem uma idéia do grau de complexidade inserido numa atividade de REGULAÇÃO.

REGULAR não é sinonimo de AGENDAR. Esta é normalmente a confusão conceitual que os Gestores (especialmente no âmbito dos Municipios) fazem quando desenvolvem e organizam no seu Sistema de Saúde.

A FUNÇÃO DA "REGULAÇÃO" - IDENTIFICANDO AS MECESSIDADES DE SERVIÇOS PARA ATENDER A POPULÇÃO

A tarefa inicial do Gestor Municipal consite em analisar e identificar quais são as necessidades (quantitativas) de serviços de Diagnose, Terapias e Internações e outros serviços nos treis niveis de complexidade do Sistema. Em outras palavras, precisamos identificar:

-Qual é o perfil da Tipologia Humana, adistrita no âmbito do município?
-Como ele se distribue por sexo e faixa etária?
-Quantas consultas médicas serão necessárias para atender as necessidades locais?
-Quantos exames de Patologia Clínica, serão necessários para atender as necessidades locais?
-Quais consultas de media complexidade serão necessárias?
-Quais e quantos exames de média complexidade serão necessários?
-Quantos leitos, e onde teremos disponiveis para atender as necessidades da população?
-ETC.

Não é uma operação complexa responder as perguntas mencionadas. Primeiro, precisamos identificar alguns parametros, todos definidos na Portaria MS 1101/2002. Segundo, é só considerar a população adscrita e fazer as primeiras "contas".
Claro, que a tarefa mais dificil provavelmente será identificar e programar a "disponibilidade" dos serviços, especialmente os de média complexidade.

De qualquer modo, elaborado o cálculo das "necessidades" e identificada a capacidade de ofertar os serviços, vamos a etapa seguinte que consiste em "organizar o fluxo de acesso" dos usuários aos serviços locais e/ou regionais de saúde.
(continua na proxima postagem)
Norival R Silva - Consultor

LIDER DE UM POVO VACINADO

Assim era Oswaldo Cruz...

Ele enfrentou quebra-cabeças e ameaças de golpe por defender um conceito diferente de saúde.

Foi vilão da e uma das mais marcantes revoltas populares do Brasil. Patrono do nosso templo da ciência, descartou técnicas ultrapassadas para combater doenças. Foi pioneiro ao observar a saúde alem dos pequenos limites da capital federal. Perdeu batalhas mas ganhou a guerra.

Estamos falando de Osvaldo Cruz!

No começo do século 20, acreditava-se que o ar proveniente de lugares sujos ou com água parada era causa de epidemias. Por isso, destruir cortiços e moradias populares parecia a solução ideal para o Rio de Janeiro – “túmulos de estrangeiros”, uma cidade doente, com alta mortalidade por febre amarela.

Assim que assumiu a Diretoria Geral da Saúde Pública, Oswaldo Cruz rejeitou as praticas vigentes e apostou na teoria de um especialista cubano: os mosquitos são os verdadeiros transmissores e deve ser exterminados. Alem disso, passou a escrever a coluna Conselhos ao Povo, nos jornais e a distribuir folhetos educativos sobre a doença. Depois foi a caça de ratos para combater a peste bubônica. Chegou a instituir os funcionários públicos para comprar os pequenos roedores capturados na cidade – e é claro que alguns espertinhos logo trataram de criar seus próprios ratos para vender ao governo. Era chamado de “czar dos mosquitos”, entre outras ironias, e contava com poucos recursos. Tornar obrigatória a vacina contra a varíola foi a gota d´agua. Ninguém queria “perder o direito a liberdade”, “ser espetado a força”, receber um liquido desconhecido nas veias.

Insuflada, a população saiu às ruas, virou bondes, quebrou lampiões. Era a revolta da vacina, uma das mais marcantes revoltas populares do Brasil, ocorrida em 1904.O médico sanitarista certamente se sentiu injustiçado. Ele que, apesar das terríveis náuseas , tinha ido de navio a 30 portos do Pais estudar as doenças que chegavam pelo mar ou pelos rios. Mas as insatisfações refletiam a situação geral da cidade. O presidente Rodrigues Alves promovia uma reforma apelidada de “bota a baixo”. Para fazer da capital uma cidade moderna, brigadas do governo destruíam cortiços e bairros pobres sem preocupação alguma com o futuro dos despejados, que iam ajeitando-se pelos morros.A oposição política e a escola militar, interessadas num golpe, engrossaram a massa desconexa de revoltosos. O governo controlou a rebelião, mas teve que revogar a lei da imunização. Apesar disso, o Diretor Geral da Saúde foi mantido no cargo. Chegaria o dia em que receberia os devidos créditos pelo seu trabalho.

INICIO DE CARREIRA
Oswaldo Cruz sempre foi interessado e entusiasta de novas técnicas. Quando nasceu , em 5 de agosto de 1872, o pai Bento era um jovem médico em começo de carreira. Aos 14 anos, o filho ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Tornou-se doutor aos 20 anos de idade, no mesmo dia em que Bento morreu. Dedicou a ele a tese sobre microorganismos aquáticos. Depois pôde conhecer mais sobre microbiologia com incentivo do sogro que financiou uma estada em Paris. Encantou-se com os laboratórios Pasteur e estagiou numa fábrica de ampolas, provetas e pepetas para produzi-las no Brasil.Entretanto, outra técnica de Pasteur foi essencial para a sua volta em 1899. A peste bubônica havia chegado ao porto de Santos com as pulgas dos ratos de um navio cargueiro estrangeiro. O governo federal criou o Instituto Soroterápico e, com Oswaldo Cruz na direção técnica, o País passou a produzir um soro que até entao era exclusividade da Franca.

TEMPLO DEA CIÊNCIA
Em 1903 foi nomeado para a cadeira correspondente ao atual Ministério da Saúde, mas não deixou a direção do Instituto. Lá formou uma bela equipe, trabalhou com outras sanitaristas à frente do seu tempo, como Carlos Chagas, Adolfo Lutz, Vital Brasil. Uns haviam diagnosticado a peste em Santos; outros, se submetido ao Aedis Aegypti para provar que era ela que transmitia a febre amarela. Ainda hoje, com nome de Fundação Oswaldo Cruz, ou Fiocruz, a instituição é um templo da ciência e tecnologia da saúde. O primeiro diretor fez das precárias instalações de Manguinhos um Castelo. Ele mesmo desenhou o esboço do prédio mourisco, que podia ser visto pelos navios que passavam pela cidade.Em 1908, enquanto uma marchinha de Carnaval declarava o Rio “cidade maravilhosa”, o Instituto Soroterápico virava Instituto Oswaldo Cruz. Sinal dos novos tempos. A febre amarela e a peste bubônica estavam praticamente erradicadas. Uma ano antes o Brasil fora o único participante sul-americano do Congresso de Higiene e Demografia de Berlim. A delegação apresentou estudos da equipe de Oswaldo Cruz e voltou aplaudida no proto, com medalha de ouro.Nesta época, Oswaldo Cruz já era visto como herói, mas tinha dificuldades em aprovar seus projetos na Diretoria da Saúde. Como o combate a tuberculose, doença que matava apenas os pobres. Optou por dirigir sõ o instituto que leva seu nome.

Foi à “ferrovia do diabo”, a madeira-marmoré, na qual os trabalhadores morreram infectados por malária. Supervisionou inúmeras expedições para lugares afastados dos centros: Tocantins, Ceará, bacia do Amazonas, do São Francisco. Nascia o Movimento Sanitarista, defendendo o saneamento nos grotões do País. Um dos líderes, Monteiro Lobato, até refez a imagem de Jeca Tatu. Ele não era preguiçoso. Estava doente.

Oswaldo Cruz também na andava bem de saúde. Sofria de nefrite, a mesma doença que matou o pai. Já tinha até escolhido o local de seu jazigo. Teve tempo ainda de ser prefeito de Petrópolis e traçar uma plano de erradicação da saúva antes de morrer em 1917, aos 44 anos. Se quase um século depois é comum que o brasileiro previna-se de doenças com uma injeção, um dia essa idéia pareceu absurda. Oswaldo Cruz perdeu batalhas, mas ganhou a guerra.(Fonte: Almanaque Brasil - numero 124 – Maio 2009)