terça-feira, 29 de maio de 2012

Cartilha vai divulgar à população os serviços oferecidos nos postos de saúde de Umuarama - PR


Há quase 20 anos atuando no Sistema Único da Saúde (SUS), com experiência em gestão de pequenos e grandes municípios, A Gestão Saúde através do seu Consultor Sênior Norival R Silva, iniciou nesta quinta-feira um trabalho com o grupo gestor da Secretaria de Saúde de Umuarama. O objetivo é construir um cardápio padrão com os serviços e programas de saúde do município e fazê-lo chegar às mãos da população, para que os usuários saibam como e onde ter acesso aos serviços oferecidos.
O prefeito Moacir Silva abriu a oficina, em uma sala de reuniões da Igreja São José Operário. Falando aos enfermeiros das unidades básicas (UBS), Estratégia em Saúde da Família (ESF) e coordenadores de unidades de média e alta complexidade, o prefeito pediu o empenho da equipe para melhorar o atendimento das 23 unidades de saúde de Umuarama.
“Reconheço a parabenizo o trabalho de cada profissional desta área, mas precisamos melhorar e o Norival estará aqui, ao lado do secretário José Gonçalves Dias Neto, para dividir um pouco da sua experiência. Em todas as administrações, a saúde é o setor que tem a maior cobrança da população, portanto precisamos corrigir eventuais falhas e aumentar a satisfação do usuário em todas as unidades”, afirmou Moacir Silva.
De acordo com o prefeito, a enfermeira é a responsável pelo atendimento no posto e deve resolver os problemas que surgem no dia a dia. “Quando não for possível atender um paciente, ela deve ter o devido encaminhamento para que não fique sem assistência. A enfermeira também deve acompanhar o cumprimento dos horários dos médicos, dentistas e demais servidores, para que o posto funcione corretamente”, acrescentou.
Moacir destacou que hoje, graças aos investimentos feitos e a prioridade com que a saúde é tratada em Umuarama, não faltam remédios, materiais, equipamentos, veículos e nem pessoal na área. “A saúde nunca esteve tão bem estruturada. Realizamos a maior contratação de servidores, através de concurso, desde 1991. Nos últimos três anos, quase 660 novos funcionários públicos foram contratados pelo município, em diversas áreas. Em breve, mais 23 médicos passam a integrar o quadro profissional. Mas precisamos dinamizar os serviços para que esta estrutura seja bem utilizada e satisfaça às exigências do usuário”, completou.
AGILIDADE

Dinamizar os serviços de saúde é o objetivo das oficinas, que serão realizadas com a assessoria do pedagogo e palestrante Norival. Segundo o secretário Gonçalves Dias Neto, o consultor vai prestar assessoria por 12 meses. “Ele nos ajudará a divulgar melhor a política municipal de saúde, contribuindo para padronizar os procedimentos e profissionalizar ainda mais a gestão, trabalho que temos feito desde que assumi a secretaria”, lembrou.
Até julho, a Secretaria da Saúde deve ter uma cartilha com os serviços prestados, os locais de atendimento disponíveis em cada área e os procedimentos que o usuário deve adotar para ser atendido com maior agilidade. “Essa cartilha deverá será entregue em todas as quase 40 mil unidades residenciais de Umuarama, para que toda a população esteja bem informada”, completou Gonçalves.

domingo, 6 de maio de 2012

PESQUISA IPEA DEMONSTRA QUE O SUS É BEM AVALIADO POR QUEM UTILIZA O SERVIÇO


Uma nova edicação de Pesquisa realizada pelo IPEA, mostra a avaliação dos brasileiros sobre a saúde no país.

Luciana Mendes, técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea, apresentou o SIPS-Saúde em Brasília
O Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre saúde, divulgado nesta quarta-feira, 9, na sede do Ipea, em Brasília, aponta que, na opinião de 28,9% dos entrevistados no Brasil, os serviços públicos de saúde prestados pelo SUS são muito bons ou bons. Proporção semelhante dos entrevistados (28,5%) opinou que esses serviços são ruins ou muito ruins, enquanto 42,6% os consideraram regulares. 
Os resultados mostram que os serviços do SUS são mais bem avaliados por aqueles que costumam utilizá-los, quando comparados com aqueles que não os utilizam. Segundo o estudo, entre aqueles que tiveram alguma experiência com os serviços do SUS nos últimos 12 meses, a proporção de opiniões de que esses serviços são muito bons ou bons foi maior (30,4%) do que entre o outro grupo (19,2%).
A proporção de opiniões de que os serviços prestados pelo SUS são ruins ou muito ruins foi maior entre os entrevistados que não tiveram experiência com algum dos serviços pesquisados (34,3%), em comparação com aqueles que tiveram (27,6%). Apesar disso, em ambos os grupos predominam as avaliações dos serviços como “regulares”.
A técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea Luciana Mendes Servo explicou que, apesar de a pesquisa não ser uma avaliação técnica, as informações sobre a percepção dos entrevistados pode ajudar os gestores a discutir que respostas precisam ser dadas.
Avanços e dificuldades
O SIPS indicou também que o atendimento pela Equipe de Saúde da Família (80,7% das respostas) e a distribuição gratuita de medicamentos (69,6%) são os serviços mais bem avaliados. O principal ponto positivo do SUS, de acordo com a percepção dos entrevistados, é o acesso gratuito aos serviços de saúde prestados pelo sistema (52,7%), seguido, nesta ordem, pelo atendimento universal (48,0%) e pela distribuição gratuita de medicamentos (32,8%).
Já os problemas mais mencionados são a falta de médicos (58,1%), a demora para atendimento nos postos/centros de saúde ou nos hospitais (35,4%) e a demora para conseguir uma consulta com especialistas (33,8%). Os dados correspondem com as melhorias mais sugeridas pelos entrevistados: aumento do número de médicos, seguida pela redução do tempo de espera.
A pesquisa
Os resultados do estudo referem-se à percepção dos entrevistados sobre os serviços. Ressalta-se que o objetivo dessa pesquisa foi tão somente fazer um levantamento da percepção da população sobre o SUS, especialmente a respeito de alguns serviços. Não havia intenção de analisar, de forma mais abrangente, e exaustiva, se efetivamente o acesso aos serviços no SUS é ou não oportuno, se é ou não resolutivo, nem avaliar diretamente a qualidade dos serviços.  Em síntese, os resultados apresentados não derivam de uma avaliação técnica do Ipea, mas sim da percepção dos entrevistados em relação ao SUS.
Os dados para a realização do SIPS Saúde foram coletados no período de 3 a 19 de novembro de 2010, nos domicílios dos entrevistados. O questionário foi aplicado a uma amostra de 2.773 pessoas residentes em domicílios particulares permanentes, em todas as unidades da federação.
A amostragem considerou a distribuição dos domicílios em cotas para Brasil e regiões e as variáveis de controle validadas posteriormente: sexo, faixa etária, faixas de renda e escolaridade.