quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Humanização e promoção à saúde pautam trabalhos de Conferencia Municipal de Saúde em Luís Eduardo Magalhães - BA

A secretaria municipal de saúde de Luís Eduardo Magalhães realizou no sábado, 19, a III Conferência Municipal de Saúde sob o tema “Humaniza LEM: Uma cidade melhor depende de todos nós”. Presidida pela Secretária de saúde Maira de Andrada Santa Cruz, a conferência contou com a presença do prefeito Humberto Santa Cruz, dos vereadores Valmor Mariussi e Janete Alves, de representantes dos prestadores e usuários de saúde do município e de populares em geral.

A III Conferência de Saúde de Luís Eduardo Magalhães teve como sub-temas a humanização e promoção à saúde no âmbito da Atenção Básica, Vigilância à saúde, Saúde Bucal e Controle Social e foi realizada nos termos do Decreto nº 1517 do executivo municipal e da portaria nº 017/2009 da Secretaria de Saúde.

Segundo Fernanda Fischer coordenadora geral do evento, a realização da conferência serve como parâmetro para a aprovação das políticas de saúde que serão adotadas pela gestão nos próximos quatro anos. “O objetivo é discutir ações que possam aprimorar o modelo de atenção à saúde atualmente em vigor no município”, ressaltou.

Participação popular – Em sua fala de abertura a secretária de saúde, Maira de Andrada observou que a realização da conferência se fortalece pelo exercício da cidadania e pela elaboração conjunta de ações em saúde. “A gestão do prefeito Humberto Santa Cruz tem como característica a democracia participativa”, apontou.

Para ela a humanização e promoção à saúde só vai se consolidar através da participação popular na construção de políticas e ações que sejam de interesse da comunidade. “Uma de nossas prioridades é promover a saúde para o cidadão sadio” explicou. A secretária lembrou ainda que a escolha do tema da conferência “Humaniza LEM: Uma cidade melhor depende de todos nós”, reflete justamente o desejo desta gestão em promover a participação da população na construção destas políticas.

Controle social – Para uma real compreensão do tema que norteou os trabalhos da III Conferência de Saúde de Luís Eduardo Magalhães, é preciso entender também o significado do que vem a ser “controle social”. “É uma maneira de estimular e fortalecer a mobilização social e a participação cidadã”, pontuou Emanuelle Mariussi, secretária executiva da conferência e Gerente de Projetos de Promoção à Saúde.

Para Mariussi quando a sociedade demonstra interesse e disposição em participar da construção de políticas públicas em saúde, fato que aconteceu durante a conferência, quem mais se beneficia é o município de Luís Eduardo Magalhães. “É a população que no seu dia a dia procura e necessita do serviço de saúde quem deve participar e ajudar ativamente a secretaria de saúde e o prefeito na busca por soluções”, concluiu.

Atenção básica - O prefeito Humberto Santa Cruz acrescentou que ao longo dos primeiros meses de sua gestão, a prioridade foi trabalhar para o fortalecimento da atenção básica no município. “Quando assumimos o governo tinhamos três unidades de saúde em funcionamento. Atualmente estamos com cinco unidades de saúde da família prestando atendimento a população” explicou.

Humberto acredita que a construção “de uma cidade melhor” passa justamente pelo diálogo e participação da população. “Em breve vamos inaugurar o novo centro cirurgico do Gileno de Sá, que com certeza vai melhorar o atendimento à população, principalmente aqueles que precisam realizar pequenas cirurgias. Este trabalho só foi possivel porque contamos com a ajuda da Gestão Saúde, da equipe da Secretaria de saúde e com a participação da sociedade representada pelos seus mais diversos segmentos..





segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Gestores Municipais de Santa Catarina participam de Seminário em Joinville

Durante os dias 10 e 11 de Setembro de 2009, foi realizado em Joinville o Seminário: SUS - INOVANDO A GESTÃO, com o objetivo de oferecer aos gestores municipais a oportunidade de debater sobre o desafio de gerenciar um sistema de saúde, especialmente no âmbito dos Municípios.
Temas como: Promoção da Saúde, Regulação, Como organizar um Sistema local de Saúde e especialmente a apresentação de estratégias inovadoras de marketing sanitário orientadas para agregar valor político institucional nos Sistemas Municipais de Saúde.
Os Municípios que participaram:
  • São José - SC (2)
  • Cafeilandia - PR (1)
  • Imbituba - SC (4)
  • Balneario Camboriú - SC (1)
  • Campina Grande do Sul - PR (5)
  • Indaial - SC (4)

Veja o que disseram alguns dos participantes:

“O seminário superou minhas expectativas, saio daqui muito feliz e com conhecimento sobre o SUS mais fortalecido para aplicar no município que trabalho. Parabéns pelo trabalho realizado.”
Nome: Gilson José dos Santos
Cargo: Diretor Geral da Secretária Municipal de Saúde – São José/SC

“Proporcionou aquisição de novos conhecimentos e estratégias para inovação da gestão em nosso município”
Nome: Lilian Andressa Zanchettin
Cargo: Coordenadora Enfermagem – Campinha Grande do Sul/PR

“O evento possibilita a aquisição de conhecimentos essenciais para os profissionais atuantes no contexto do sistema único de saúde.”
Nome: Fernando Inácio Bleichvel Costa
Cargo: Auditor – Imbituba/SC

“Já observei a necessidade desse evento para membros da equipe de saúde do município, devido à importância do SUS. Muitos não têm claro o seu sistema. E o evento também serve de estímulo para o serviço que prestamos no dia-a-dia.”
“Já citei anteriormente. Saio com uma bagagem rica e sentindo que sei um pouco mais do SUS (complexo). Saio motivada. Superou minhas expectativas.”
Nome: Vanessa Cristina Prochnow Di Bernardi
Cargo: Enfermeira ESF – Indaial/SC

Mais informações, poderão ser obtidas com Larisa, no email: gestao@gestaosaude.com ou pelo telefone (47)3422-5305.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

LAVAR AS MÃOS - UMA ATITUDE QUE PROMOVE SAÚDE!

Afinal, a Gripe Suína parece que foi embora (dizem que o "sumiço" da Gripe Suina do noticiário, coincidiu com o terminou do contrato de patrocínio de um grande laboratório com uma grande rede de tv), mas ficou algumas lições que foram discutidas durante os momentos mais marcantes do período em que a Pandemia (sic) tomou conta do Mundo.
Me chamou atenção um texto que circulava na Internet, sobre uma pesquisa realizada em onze países, entre eles Portugal, apontando que mais de um quarto dos portugueses não lavam as mãos antes de comer, após ida ao banheiro ou após contato com animais.
O estudo revela que 45% dos portugueses afirmam não lavar as mãos sempre que espirra ou tosse, sendo que um quarto da população portuguesa não o faz após algum contato com animais, antes das refeições e depois de ir ao banheiro.
Não pude identificar se esta pesquisa chegou a ser realizada também no Brasil, mas tenho certeza que se foi os números não serão diferentes.Mas afinal, qual a importância de se lavar as mãos? O que isto tem a ver com os problemas que enfrentamos no Sistema Público de Saúde? Provavelmente para muitos, nada tem haver!
Afinal vivemos numa cultura hospitalocentrica e assistencialista que tem solução para tudo. Faço esta observação apenas para lembrar que as mudanças no modelo de atenção a saúde que todos queremos, passa obrigatoriamente pela mudanças de hábitos, que eu, você e todos nós precisamos promover.
E a primeira é nos convencer de que ninguém fica doente por falta de médicos, remédios, hospitais, postos de saúde, etc.., as pessoas podem morrer se não contarem com estes recursos, mas as doenças aparecem em função da acostumação do corpo e da mente a hábitos e atitudes que adotamos por indução ou escolha ao longo de nossas vidas. Um deles, não lavar as mãos!

A "gripe suína" assim como qualquer uma das outras gripes ou doencas infectocontagiosa, tem uma intima relaçao com nossos hábitos de higiene. Tudo o que fazemos tem relação com nossas mãos. O cumprimento, uma carícia, um ato de protecão, nossas tarefas diárias, portas que se abrem ou fecham, enfim, não há o que se imaginar fazer sem que nossas mãos tenham alguma relação. Nossas mãos, sempre terminam por se transformar em portadores de inimigos invisiveis que as utilizam para nos atingir. Por isso é que a pergunta se põe: o que cada um de nós tem feito para manter suas mãos limpas, saudáveis e em condições de uso?

Não dá para atribuir ao Prefeito, o Governador, Vereador ou ao Secretário de Saúde do seu municipio a tarefa cuidar do seu corpo, escovar seus dentes, limpar sua casa, cuidar do seu quintal ou LAVAR SUAS MÃOS! Só voce pode fazer estas tarefas. Pare de apontar o dedo? comece agora a tomar uma atitude de Promoção da Saúde - A sua! - LAVE SUAS MÃOS e se proteja contra a Gripe Suína e qualquer outra que possa aparecer...

Norival Silva - Consultor

MEIO AMBIENTE - PENSAR GLOBALMENTE E AGIR LOCALMENTE


Discutir em tese sobre o efeito estufa, a camada de ozônio, a matança das baleias, a destruição da Amazônia, vira uma discussão estéril se a realidade ambiental local não for incluída no processo de educação ética do cidadão.É no “espaço ambiental” local (no Município) que as pessoas fazem valer os seus direitos de cidadania e reivindicam melhorias na qualidade de vida. É no Município, no Bairro e na Rua em que moram que os indivíduos ou grupos comunitários podem efetivamente avaliar a competência dos gestores responsáveis pela qualidade de vida das futuras gerações.

É no espaço ambiental local que mais facilmente se percebe se as decisões políticas estão ou não corretas, quem se omitiu e de que forma as coisas poderiam ou deveriam ser feitas para assegurar um ambiente saudável para as gerações futuras.Em Joinville, as diretrizes estabelecidas no Planejamento Estratégico da Cidade, construído com a participação da sociedade e adotado pelo então Prefeito Marco Tebaldi, segue a linha pedagógica do “Pensar Globalmente e agir Localmente”: Primeiro é preciso trabalhar o nosso “meio ambiente” interior, os nossos comportamentos e decisões individuais, depois os nossos entornos pessoais, nosso ambiente familiar, nosso ambiente escolar, nosso ambiente de trabalho, o ambiente da “rua”, do nosso “bairro” e o ambiente da “nossa” cidade.

Foi seguindo esta diretriz que a Fundema iniciou em 2005 o processo de reconhecimento da realidade ambiental de Joinville a partir da qual foi desenvolvida o SIGA-J – Sistema Integrado de Gestão Ambiental de Joinvile, adotando as Bacias Hidrográficas como unidade básica para diagnóstico, planejamento, gestão e educação ambiental.

A escolha de Joinville como a cidade sede do Congresso Ibero Americano de Educação Ambiental foi um reconhecimento ás ações e programas de gestão ambiental desenvolvido no âmbito do município em parcerias com o conselho municipal de meio ambiente e outras entidades não governamentais e certamente irá representar um marco referencial no processo de sensibilização da comunidade para a importância da ética individual e participação do cidadão na responsabilidade para com o nosso meio ambiente local.

O caminho tem sido longo e árduo, mas tenho a certeza que a obstinação do Prefeito Marco Tebaldi em transformar Joinville, foi fundamental para que Joinville ocupasse lugar de destaque na lista de cidades sustentávieis. A consulta tão necessária á comunidade através do Conselho Municipal do Meio Ambiente e a participação do cidadão através dos Conselhos Locais de Meio Ambiente, será o caminho para salvaguardarmos o futuro das futuras gerações, como manda a Constituição Federal.

Norival Silva
Consultor

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

SAÚDE - É POSSIVEL BAIXAR OS CUSTOS?

De congresso em congresso, de "oficina em oficina", fóruns, seminários, palestras - onde quer que se discuta Sistemas de Saúde, especialmente o SUS, o financiamento e o "custeio" estarão sempre no topo da agenda dos debates.

As "corporações" que se relacionam no "mercado" de saúde, cada uma do seu jeito e com seus interesses - mesmo que legítimos, desafiam o governo a incrementar cada vez mais recursos para remuneração dos serviços de assistência a saúde do cidadão.

Sem entrar no mérito dos interesses, lembro que o tema "hierarquização" do sistema (que é constitucional), fica quase sempre (ou sempre) fora do debate. As pessoas (leigas) esquecem que o custo de qualquer sistema de saúde, seja ele privado ou público depende fundamentalmente do processo utilizado para organizá-lo e das regras que são estabelecidas para que o Sistema, seja usado pelos usuários!

Não é possivel imaginar que as pessoas, a partir de um sintoma primário (não agudo), possam decidir acessar uma consulta especializada em neurologia, só porque seu "sintoma" seja uma dor de cabeça.
Essa "obviedade" no entanto faz parte do cenário de muitos municípios que tem como responsabilidade organizar e gerir o nivel primário de atenção. Conheço alguns que chegam a contratar um cardiologista para atender como médico na Unidade Básica de Saúde - pior ainda é contratar o profissional como integrante da Estratégia Saúde da Família.
Não é preciso conhecer da gestão do SUS para saber que nesse Município o perfil de morbidade vai estar relacionado na concentração de serviços de diagnose e terapias na area do Sistema Cardiovascular e seus custos relativos(alto!).

Esse é apenas um exemplo. Muito mais lamentável ainda é a falta de acompanhamento do Ministério da Saúde - através do seu sistema de auditoria, que permite a continuídade de tal fato.

Tenho as minhas dúvidas se de fato investimos pouco no financiamento do Sistema Único de Saúde. Se nos voltássemos para entender melhor qual é a "logica" de organização de um Sistema de Atenção a Saúde, especialmente o nivel primário e a compreender qual o papel que o processo de hierarquização e regionalização dos serviços tem no contexto de resolutividade e custos, o SUS poderia estar fazendo muito mais do que já faz!

Norival Silva
Consultor